quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Seminovos e usados: descubra as vantagens de investir no segmento após a volta do IPI.


Retorno do imposto sobre veículos zero-quilômetro desperta interesse do consumidor por veículos com tempo de uso, porém mais completos.

Os pátios das revendedoras estão cheios de opções de veículosseminovos – com até três anos – e usados, em uma gama de configurações. A expectativa é aproveitar a alta de preços dos zero-quilômetro e atrair o consumidor interessado em adquirir um carro a um preço mais em conta ou com mais equipamentos.

"Hoje o consumidor mudou. Antes de comprar, ele pesquisa na internet, olha o preço do novo, do carro com um ano de uso, a lista de opcionais. E isso faz com que opte por um seminovo", argumenta Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações de Revendedores de Automóveis (Fenauto).
Santos lista algumas vantagens que o consumidor encontra, como pegar o carro já com a desvalorização maior de sua vida útil – a do primeiro ano, de até 20% apenas na saída do pátio da concessionária. Arcar com o custo, segundo Ismar Leger, Diretor da PROVIDENCE AUTO CENTER, depende do perfil do consumidor.



"Quem compra um zero-quilômetro e fica quatro ou cinco meses, perde bastante. Se o cliente pretende ficar com o carro por quatro ou cinco anos, aí vale a pena escolher o novo", exemplifica LEGER.
O mecânico completa que, enquanto o preço dos usados subiu levemente por causa dos novos itens de segurança obrigatórios, o valor dos seminovos não deve ter alta tão cedo.
Juros menores e menos manutenção.

Além dos bolsos, o seminovo oferece outras vantagens ao motorista, como a garantia de fábrica, ainda ativa para alguns modelos com até 3 anos. A chance de precisarem de manutenção também é menor, continuam os especialistas.

O bom momento dos usados deve-se, ainda, às taxas de juro, que vêm diminuindo, segundo o presidente da Fenauto. O processo de aprovação de crédito está mais flexível, também resultado da queda na inadimplência – em 2013, pela primeira vez em 14 anos, houve baixa de 2%, segundo a Serasa Experian.

A informação não se aplica aos carros “velhos”. Segundo Leger, as taxas de juro dos financiamentos dos modelos com mais de dez anos podem ser até o triplo das de um seminovo. Isso porque o perfil de cliente que opta por esses modelos pode pagar a parcela mas não tem recursos para arcar, também, com custos de manutenção mais frequentes que aparecem, e acaba deixando o financiamento atrasar. Quem tem uma “relíquia” na mão, deve vendê-la enquanto algumas lojas ainda as comercializam.

"Hoje em dia há uma evolução muito grande dos carros, estão cada vez mais populares, os preços dos novos praticamente não sobem, então está desvalorizando muito rápido", conclui Ismar.
- Seminovos são os modelos com até três anos de uso, independente da quilometragem. No primeiro ano, em geral, a desvalorização é de 20%, caindo para 10% nos dois anos seguinte. A partir daí, a depreciação fica entre 5% e 7%, segundo Ilídio Gonçalves dos Santos, da Fenauto.
- Usados são os carros com mais de três anos de rodagem, e sua desvalorização depende do estado geral de cada unidade, o que inclui lataria, mecânica, estofamento e pneus, por exemplo.

- Com mais de oito anos, ou em alguns casos mais de dez, o carro já passa a ser considerado “velho”. Isso porque a manutenção é mais frequente e muitas vezes mais cara – as peças não estão mais tão disponíveis no mercado – e seguradoras e financeiras tendem a não trabalhar com esses modelos.


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