Presidente
da estatal afirmou que a alta será "moderada" e deve ocorrer até
dezembro, mas evitou definir data e percentual exatos
O preço da gasolina deve subir
ainda em 2014, avisou ontem a presidente da Petrobras, Graça Foster. A
executiva ponderou que será um ajuste "moderado", sem repassar
variações abruptas. Graça não fixou data nem percentual, mas disse que a estatal
"avalia" o aumento até dezembro.
O reajuste mais recente ocorreu no fim de novembro de 2013: 4%
para a gasolina e 8% para o diesel. Segundo a dirigente, a estatal pretende
voltar a ter fluxo de caixa positivo em 2015. Para tal, afirmou, é necessário
aumentar a produção, ajustar os preços aos do mercado externo e continuar com o
programa de venda de ativos.
A executiva acrescentou que vai continuar a busca para reajustar
os preços dos combustíveis produzidos pela empresa. Apesar de ressaltar que é
preciso atenção ao mercado interno, a presidente destacou que os preços dos
derivados (gasolina e diesel) precisam estar alinhados ao mercado externo para
a empresa conseguir manter a capacidade de investimento.
— O fato de o real ter reduzido a depreciação frente ao dólar diminuiu
a pressão. Estaremos sempre defendendo o aumento (dos preços). Hoje, a
orientação é não repassar a volatilidade, mas não há paridade e nós precisamos
considerar a possibilidade do aumento para entrarmos 2015 em melhores condições
do que entramos neste ano — explicou, ao detalhar o resultado do primeiro
trimestre do ano da estatal, que ficou 30% abaixo do obtido no mesmo período de
2013.
Graça afirmou que a companhia espera concluir até 6 de junho as
investigações internas sobre a refinaria de Pasadena (EUA). A executiva
acrescentou que as cinco comissões instaladas para apurar eventuais
irregularidades não trouxeram prejuízos à Petrobras:
— Estamos trabalhando para que possamos virar essa página no mais
curto espaço de tempo possível.
A dirigente disse que a empresa mantém as projeções de
investimentos para este ano, em torno de US$ 40 bilhões. A executiva
acrescentou que a estatal teria fechado o 1 º trimestre deste ano com lucro
líquido de cerca de R$ 7 bilhões caso não tivesse sofrido o impacto da reserva
de R$ 2,4 bilhões feita para cobrir os custos que a empresa teve com o plano de
incentivo à demissão voluntária. O resultado de janeiro a março foi de R$ 5,4
bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário